Incerto quanto ao futuro ao lado da candidata do PT, Dilma Rousseff, o PP começa a olhar a perspectiva de fechar com o tucano José Serra, caso seja do interesse do PSDB, ou ficar fora da sucessão presidencial, sem firmar aliança com nenhum candidato. Nos bastidores, os deputados do partido não descartam até mesmo fazer de seu presidente, o senador Francisco Dornelles (PP-RJ), o nome da chapa tucana para vice de Serra, caso o PSDB desista da chapa puro-sangue ensaiada no início de fevereiro com o ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves ou mesmo o senador Tasso Jereissati (CE). Para que isso ocorra, dizem os pepistas, basta Aécio pedir. Os pepistas têm considerado em suas reuniões mais reservadas, segundo contam seus deputados, que a divisão interna de poder na aliança petista será desequilibrada em favor do PMDB, o maior partido da base. E, para completar, não há qualquer garantia de que o partido continuará a comandar o Ministério das Cidades num hipotético governo Dilma, já que essa área pertencia ao PT no início da gestão de Lula, quando o ministro era o ex-governador do Rio Grande do Sul Olívio Dutra.