O governo terá dificuldades para aprovar os pontos do ajuste fiscal que alteram os critérios de concessão de pensões, abono e seguro desemprego. As resistências começam no próprio PT. No caso das pensões, a mudança foi excessivamente restritiva, em relação ao seguro desemprego a ampliação da carência foi drástica e, no caso do abono, não cabe a proporcionalidade.
Esses argumentos são expostos com clareza por Antônio Augusto Queiroz, no artigo “Mudanças nos abonos e pensões: erro duplo do governo”, publicado no início do ano site Visão Nacional.
Ele chama atenção para o fato de que o governo também errou na forma, ao empregar medida provisória para regulamentar o item sobre pensão, quando o correto seria por meio de projeto de lei. O Planalto foi advertido para o risco diante das dificuldades enfrentadas pela base de apoio no Congresso, mas resolveu insistir na aposta.