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Novo governo do Paraguai está isolado

Cerca de 70 pessoas, segundo a Agência Brasil apurou, reuniram-se hoje (23) em frente à Embaixada do Paraguai para protestar contra o impeachment aprovado ontem (22) pelo Senado do país que tirou do poder o então presidente Fernando Lugo. Os manifestantes, a maioria ligada a movimentos sociais do campo e partidos políticos brasileiros, defenderam que o processo ameaça a democracia na América Latina.
O protesto foi organizado pelas redes sociais da internet. Yuri Soares, membro da Juventude do PT, foi um dos que participaram da mobilização. “Nosso objetivo é apoiar a população que está nas ruas do Paraguai contrária ao golpe. Não podemos aceitar um golpe em nenhum país da região porque tradicionalmente quem realiza esse golpe está bem articulado com outros países. Defender a democracia do Paraguai é defender toda a democracia da América Latina”, disse.
Na esfera diplomática, Brasil, Argentina, Equador e Venezuela já se posicionaram contra o reconhecimento do novo governo. O Brasil diz que o "rito sumário" de impedimento de Fernando Lugo não foi democrático. Argentina e Brasil já mandaram seus respectivos embaixadores deixaram Assunção em um claro gesto de desagrado pela situação.  
Em Assunção, um grupo de movimentos sociais e pequenos partidos políticos no Paraguai anunciou hoje (23) que pretende fazer oposição ao governo do novo presidente do país, Federico Franco. O grupo vai lançar na segunda-feira (25) a Frente para Defesa da Democracia. Os integrantes são aliados do ex-presidente Fernando Lugo, destituído ontem (22) do poder, após a aprovação de um processo de impeachment contra ele.
O deputado Ricardo Canese (Partido Guasú) e Oscar Sostoa, ex-vice-ministro do Interior do governo Lugo, lideram o grupo para a formação da frente, cujos integrantes se reuniram hoje para definir uma assembleia na segunda-feira. Na ocasião, eles vão eleger o presidente, o vice e secretário-geral da entidade.
O ministro das Relações Exteriores, José Félix Fernández Estigarribia, disse que vai procurar o chanceler brasileiro, Antonio Patriota, para encaminhar o pedido do presidente Federico Franco de visita à presidenta Dilma Rousseff. Fernández Estigarribia reiterou que o esforço do novo governo é para desfazer mal-entendidos e consolidar as relações positivas com o Brasil e todos os países vizinhos