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Frente Nacional de Prefeitos parte para a briga com a União

 
HADDAD
A decisão do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (foto), de ingressar na Justiça para garantir o novo indexador da dívida do município com a União abriu o precedente que a Frente Nacional de Prefeitos (FNP) precisava para orientar 180 cidades a fazerem o mesmo. O que era uma ação pontual pode, agora, virar uma rebelião disseminada, capaz de abrir um rombo de até R$ 3 bilhões nos cofres do Tesouro. Esse é a cifra a qual chegou o governo depois de avaliar se regulamentaria o novo indexador para estados e municípios.
A tendência é que as cidades endividadas ganhem na Justiça, a exemplo do que ocorreu com a capital fluminense. O prefeito do Rio, Eduardo Paes, esperneou e conseguiu, judicialmente, fazer valer o novo cálculo do débito da prefeitura com a União. Ele despencou de R$ 6 bilhões para R$ 300 milhões.
O ato de Haddad, apoiado e seguido pela FNP, também é ruim politicamente para o governo. Enfraquecido, não consegue aliviar o descontentamento de prefeitos e governadores e acaba criando situações insustentáveis, como a do Rio Grande do Sul. Na sexta-feira, o governador gaúcho, Ivo Sartori, anunciou que atrasaria o pagamento da parcela da dívida do estado com a União. A medida, segundo ele, foi para garantir a folha de abril do funcionalismo público estadual.
Foto: Internet