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CPI do BNDES ainda deve demorar; setor elétrico a caminho

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A CPI do BNDES não deve ser instalada no curto prazo na Câmara, mesmo depois da mobilização intensa da oposição para iniciar as investigações. Pelo Regimento interno da Câmara, só podem funcionar cinco CPIs simultaneamente, e já há quatro: Petrobras, Violência contra jovens e pobres, Sistema carcerário e Máfia das órteses e próteses.
Além dessas, há outras sete na fila. A última é a do BNDES. Mas a primeira da lista é também potencialmente problemática para o governo, pois pretende investigar a desestruturação do setor elétrico brasileiro, que passa por dificuldades e teve de ser socorrido pelo Tesouro Nacional com injeções de recursos bilionários. Além disso, há suspeitas de corrupção no segmento envolvendo as principais construtoras do país, já afetadas pelo escândalo da Petrobras.
Para que a CPI do BNDES fure fila e passe na frente das demais, é necessário aprovar um projeto de resolução. Ele precisa ser aprovado pelo plenário e contar com o apoio da maioria simples (metade mais um dos presentes, estando pelo menos 257 na sessão).
O PMDB tem profundas relações com o setor. O ministro Edison Lobão esteve à frente do Ministério de Minas e Energia nas gestões de Lula e de Dilma Rousseff. No segundo mandato de Dilma, continua no comando com o ministro Eduardo Braga (PMDB-AM).
São duas CPIs problemáticas, com potencial para causar grandes embaraços ao governo. Mais uma crise potencial que terá de ser administrada pela coordenação política do Planalto.
Foto: Internet