O anúncio do baixo crescimento do PIB no primeiro trimestre (0,2%) joga contra a retomada de ânimo da candidatura da presidente Dilma, que havia superado grande parte do desgaste resultante de escândalos e perda de pontos nas pesquisas. Os especialistas ouvidos apontam três problemas despertados pela má notícia: falta de perspectivas tanto dos investidores quanto dos consumidores; falta de rumo na política econômica; falta de informação por parte do Ministério da Fazenda, responsável pela política econômica.
Eles citam um exemplo importante de falta de rumo: a interrupção da estratégia de elevação gradual da taxa de juros, mesmo com a inflação ainda elevada, decisão política para não imprimir mais pessimismo à conjuntura pré-eleitoral. O problema mais preocupante parece ser a dificuldade que o governo tem para se comunicar. As explicações do ministro Mantega foram, como de costume, insuficientes. O dado positivo permanece aquele: apesar dos problemas, os fundamentos da economia brasileira não estão enfrentam uma crise grave, e sim prisioneiros das falhas de gestão.