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A mão bem visível do agronegócio

O crescimento do agronegócio, de 3,6%, é que puxou o desempenho da economia no trimestre, lembram ruralistas. Em um ano, o salto foi de 4,8%, com tendência positiva para o restante do ano. Os grãos continuarão bem, e as safras de café e de cana, que registraram quebras por causa da estiagem, serão compensadas pela alta dos preços.
Um dos setores mais competitivos da economia brasileira, motivo de admiração internacional, é que, novamente, dá forte contribuição para segurar um PIB estagnado (0,2% de crescimento de janeiro a março). Por ironia, nele se concentram as principais queixas contra o governo, o que obrigou a presidente Dilma a receber 44 de seus representantes em um jantar informal, no Palácio da Alvorada. O domínio do assunto por parte da presidente surpreendeu os presentes, entre eles Rodrigo Santos, da Monsanto, e o sojicultor Eraí Maggi, maior produtor do grão no mundo.
A presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Elizabeth Farina, principal representante dos produtores de etanol e hoje muito crítica à presidente, não compareceu. O setor sucroalcooleiro é o mais descontente e tem aproximado de Aécio Neves. A política de controle do preço da gasolina tira competitividade do biocombustível na bomba dos postos, pois as usinas não conseguem segurar o repasse dos custos de produção para o preço final do álcool.