A suspensão do Paraguai do Mercosul gerou um receio generalizado entre as autoridades e a população do país de eventuais sanções e até da adoção de um bloqueio comercial e econômico. Porém, o governo do presidente Federico Franco empenha-se para evitar o agravamento da crise, buscando a reaproximação com a comunidade internacional e negociando com os empresários locais. O objetivo é impedir que a situação piore.
Um dos exemplos é a questão do petróleo. Sem o abastecimento de petróleo da Venezuela, o Paraguai perde cerca de 50% do produto importado. Mas empresários do setor descartaram ontem (25) à noite a possibilidade de desabastecimento. Eles se reuniram com o novo presidente paraguaio, Federico Franco, e disseram que há estoque garantido para os próximos meses.
Na reunião, o presidente da Copetrol – empresa paraguaia distribuidora de petróleo -, Blas Zapag, disse que 30% do petróleo importado vêm da Venezuela. O presidente da Petrobrar, petroleira estatal paraguaia, Sergio Escobar, disse que há mais fornecedores e afastou também o risco de desabastecimento.
A questão agrária é considerada um dos temas mais delicados da política interna. Os brasiguaios (produtores rurais e agricultores de origem brasileira que vivem no Paraguai) são responsáveis pela maior parte da produção agrícola do país e praticamente todo o plantio de soja. As restrições a eles, ocorridas nos últimos anos, gerou disputa de forças e violência.