Receoso de que tenha sido bisbilhotado dentro do próprio governo do Distrito Federal, o vice-governador Tadeu Filippelli (PMDB) decidiu pedir formalmente ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e à Procuradoria-Geral da República (PGR) explicações sobre a suposta rede de espionagem ilegal que teria sido montada na Casa Militar. A suspeita azedou a relação do governador Agnelo Queiroz (PT) com o vice, que comanda no DF o principal partido da base aliada. Segundo denúncias da oposição, um núcleo de inteligência, supostamente montado pelo coronel Rogério Leão, chefe da Casa Militar do governador, teria quebrado sigilos pessoais de cerca de 80 pessoas e grampeado autoridades, jornalistas e políticos – de adversários a aliados de Agnelo. Entre eles estariam o deputado federal Fernando Francischini (PSDB-PR), o jornalista Edson Sombra, que edita um blog crítico ao governo e o próprio Filippelli, maior beneficiário de um fracasso de Agnelo. (O Estado de S.Paulo)