Indústrias de bens de consumo e redes varejistas já adotaram maior cautela na condução dos negócios por causa da crise nos mercados financeiros. O temor dos empresários é de que a turbulência nos mercados e o desaquecimento das economias na Europa e nos Estados Unidos reforcem a tendência de desaceleração sentida nas vendas do comércio no primeiro semestre. Um conjunto de fatores – maior endividamento, alta da inflação e aumento da taxa básica de juros – reduziu o crescimento do comércio nos últimos meses, mas poucos setores sentiram, até agora, uma retração adicional associada à crise. Existe hoje um desaquecimento visível no varejo de eletroeletrônicos e eletrodomésticos e sinais de aumento de estoques de produtos não-duráveis, como itens de higiene e beleza. Em outros segmentos, como shopping centers, vestuário e calçados, a desaceleração ainda não foi percebida. (Valor Econômico)