Numa sinalização ao mercado, o governo quer aprovar na Câmara, na próxima semana, o projeto que cria a previdência complementar para o servidor público e, para isso, aceitará até que os parlamentares aprovem uma alíquota de contribuição maior para a União, que pode chegar a 8,5%. Essa parcela a mais da União irá para um fundo equalizador que servirá para, no futuro, corrigir os benefícios de servidores com aposentadorias especiais, como mulheres, professores e policiais rodoviários e de fronteiras – a estimativa do próprio governo é que esse grupo perderá até um terço de suas aposentadorias por contribuir cinco anos menos. Mas o acordo costurado nos bastidores entre governo e Congresso prevê que a diferença de um ponto percentual entre os 7,5% fixados pela Fazenda e os 8,5% pedidos pelo PT seja colocada num artigo à parte da lei. Isso resguardaria a futura lei de problemas jurídicos – se essa questão for considerada ilegal será retirado apenas o artigo específico. (O Globo)