Na avaliação do cientista político Fernando Lattman-Weltman, professor da Fundação Getúlio Vargas, no Globo, o pragmatismo das alianças na reta final da pré-campanha, com traições e associações entre políticos rivais, reflete a insegurança sobre o resultado da eleição deste ano. Ele observa que o favoritismo da presidente Dilma é frágil. No Rio, o governador Luiz Fernando Pezão é o terceiro nas pesquisas e a intenção de voto branco e nulo é muito alta. “Isso gera o que a gente chama de ‘barata-voa’: todo mundo começa a rever os cálculos e tudo muda ao mesmo tempo”, diz ele, num diagnóstico que se assemelha ao dia a dia do mercado financeiro. Para o professor, é preciso levar em conta que essa é uma eleição para governador, presidente, senador e deputados. Os partidos precisam compatibilizar estratégias e interesses muito diferentes. E há uma interdependência de todos por vários fatores, como necessidade de palanque, de tempo de TV e de entrar em redutos.