A decisão do TSE de assegurar ao PSD o tempo de televisão proporcional à sua bancada é mais um passo da reforma partidária-eleitoral que acontece no Brasil em compotas. Ao congelar o político no partido, conforme decisão do STF, cristalizou-se o domínio das máquinas partidárias sobre os seus políticos. Figuras como Valdemar Costa Neto, Roberto Jefferson, Roberto Freire – que são donos dos seus respectivos partidos – tinham sobre os seus eleitos poder de vida ou de morte.
Um dos pontos que questionei na decisão do STF er ao fato de que os eleitos no regime anterior à decisão (a legislatura passada) deveriam, ter o direito de mudar de partido sem a pena de perda do mandato. Seria mais justo e adequado. Não aconteceu,
Gilberto Kassab apostou na criação de um partido novo e se transformou na quarta força política do país. No entanto, a questão do tempo de televisão para as eleições remanescia como um diferencial que poderia esvaziar o poder político do PSD. A decisão de assegurar o tempo de televisão na proporção da sua bancada foi um bálsamo e um estímulo.
Um bálsamo para o PSD de Kassab que consolida a sua posição. Um estímulo para que outros sigam o mesmo caminho. Novos partidos vão ser criados já que o a bancada que eles conquistarem determinará o tempo de televisão para as próximas eleições. Um séria ameaca para que esta na oposição (DEM e PSDB) e para quem quer ganhar mais destaque na base governista.
Partidos com donos, como o PTB, PSB, PPS, PR entre outros podem sofrer esvaziamento dando campo para que novos "gilberto kassabs" apareçam. A decisão pode permitir uma revolução no quadro partidário.