A edição da revista Veja que está nas bancas e no ipad traz a lista com os nomes de 12 políticos envolvidos com o escândalo da Petrobras: Edison Lobão, ministro das Minas e Energia, PMDB João Vaccari Neto, secretário nacional de finanças do PT Henrique Eduardo Alves, presidente da Câmara dos Deputados, PMDB Renan Calheiros, presidente do Senado, PMDB Ciro Nogueira, senador e presidente nacional do PP Romero Jucá, senador do PMDB Cândido Vaccarezza, deputado federal do PT João Pizzolatti, deputado federal do PT Mario Negromonte, ex-ministro das Cidades, PP Sergio Cabral, ex-governador do Rio de Janeiro, PMDB Roseana Sarney, governadora do Maranhão, PMDB Eduardo Campos, ex-governador de Pernambuco, PSB – morto no mês passado em um acidente aéreo Essa lista, resultante de depoimentos prestados sob amparo da delação premiada de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás, revela um imenso potencial devastador. Segundo Costa, os implicados fariam parte de uma espécie de “mensalão” da Petrobras, no qual 3% dos contratos assinados na diretoria de Costa seriam distribuídos aos beneficiários. Os parlamentares e seus partidos seriam intermediários de contratos que beneficiariam empresas e estas pagavam “comissões” pelos serviços prestados. Caso maiores detalhes venham a público, o efeito das denúncias pode ter impacto significativo na campanha eleitoral e, até mesmo, alterar tendências hoje verificadas. Além disso, desta vez a repercussão negativa da notícia não se limitará à sucessão presidencial. A política estadual também será alcançada, pois Renan Calheiros, Henrique Eduardo Alves e Sérgio Cabral são personagens muito importantes nas eleições de Alagoas, Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro. Henrique é candidato a governador. Logo no início das investigações que culminaram em sua prisão, Paulo Roberto Costa teria dito que “se abrisse a boca não haveria eleição”. Talvez seja exagero no sentido estrito. Mas, eventualmente, alguns que disputam o processo possam ser inviabilizados ou seriamente atingidos.