A importância estratégica do tempo de TV, no caso da presidente Dilma quase três vezes maior do que seu principal adversário Aécio Neves, não está no seu uso nos programas diários dos candidatos, e sim nos comerciais de 30 segundos espalhados ao longo da programação das TVs e rádios. Eles alcançam o eleitor onde ele estiver, com uma mensagem objetiva, de surpresa. Segundo cálculos de especialistas, Dilma terá uma quantidade maior de comerciais diários do que os grandes anunciantes, como Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica, Itaú, Schin, Casas Bahia, Ambev, Petrobras e produtos Unilever, que estão entre os dez mais.
Tudo isso se somará à presença já naturalmente dominadora de sua imagem, em virtude da condição de presidente da República, que fala todos os dias sobre uma grande quantidade de assuntos. Diferentemente dos seus adversários, ela terá uma superexposição, condição fundamental para vender seu programa de governo. Eduardo Campos, com pouco mais de um minuto, será praticamente um clandestino. Diante disso se entende a verdadeira guerra travada nas últimas semanas pelo ex-presidente Lula para assegurar as alianças que somam tempo em favor da candidata do PT.