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Tudo muito bom, mas…

Deu na Coluna Brasília, DF do Correio Braziliense de hoje:


Tudo muito bom, mas…

Por Denise Rothenburg
Com Luciene Soares

denise.rothenburg@correioweb.com.br


Os altos índices de aprovação do governo registrados nas pesquisas CNI/Ibope e Datafolha dão ao presidente Lula motivos para relaxar. Mas não para descuidar, seja da política, seja da economia, dois campos onde a sua coalizão estará em xeque. A presidência da Câmara e do Senado será o primeiro teste do segundo mandato, assim como promover o crescimento sem esquecer do ajuste fiscal.


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No caso da economia, o mercado sempre ele! teme que as medidas a serem apresentadas aos partidos políticos na quinta-feira joguem por terra o ajuste fiscal. Até agora, os sinais não são positivos, diz o cientista político Murilo Aragão. Ao mesmo tempo que defende a redução de gastos no ano que vem, amplia por decreto em R$ 2,7 bilhões as despesas com custeio. Para completar, esses aumentos de salário produzirão um efeito cascata. Quero ver os deputados não aceitarem conceder um reajuste maior no salário mínimo, diz Aragão. Ele não fala por acaso, pois acaba de voltar de uma série de palestras na Europa e nos Estados Unidos, onde ouviu investidores meio desconfiados da capacidade do governo manter a austeridade fiscal. Pelo visto, está tudo muito bom, mas os nós não foram desatados.