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Tratando de nós em primeiro lugar

O Financial Times, em análise publicada no Valor Econômico do dia 5 de agosto, acusa o Brasil de ser um líder omisso na América do Sul. O ponto central da critica é o fato de o Brasil não se intrometer para acalmar as tensões entre Venezuela e Colômbia. O Financial Times elogia as realizações de Lula no âmbito interno, mas critica a omissão. A critica não é precisa ainda que tenha algum fundamento. O Brasil exerce sim influência na região. Sem o Brasil, países como Equador, Bolívia e a própria Venezuela teriam emburacado no caminho sem volta do autoritarismo. Ainda que o risco esteja presente, o ideal democrático ainda está vivo nesses países e Lula serve de interlocutor para evitar o pior. A crise recente entre Colômbia e Venezuela tem como motivo a instalação de bases norte- americanas na Colômbia. As reações foram na linha do “yankee, GO home”. Por outro lado, o fortalecimento do combate ao narcoterrorismo na Colômbia é bom para o mundo e perigoso para o Brasil. Todos sabem a tragédia causada pelo consumo de drogas no mundo.  Por outro lado, o endurecimento no combate na Colômbia pode fazer com que o tráfico se mude para o nosso lado da fronteira. Assim, mais do que ter uma retórica diplomática que agrade ao Financial Times, o Brasil deve fortalecer suas fronteiras com mais investimentos em homens, armas e, principalmente, tecnologia.