Apesar das especulações, o vice-presidente Michel Temer dirá hoje à presidente Dilma Rousseff que não vai deixar a coordenação política do governo. Dirá que ele e o PMDB têm compromissos com a governabilidade e que não deixaram o governo em situação difícil. No entanto, Temer deixará – de forma gradual – de tratar do varejo da articulação política e espera a nomeação de um ministro para a Secretaria de Relações Institucionais (SRI), hoje exercida de forma cumulativa pelo ministro da SAC (aviação Civil), Eliseu Padilha. Vários nomes estão sendo cogitados. Entre eles, o senador Romero Jucá, e os ex-deputados Henrique Eduardo Alves e Rodrigo Rocha Loures. Acreditamos que o nome a ser escolhido deve ter amplo trânsito na Câmara dos Deputados, foco maior dos problemas políticos do governo. Voltando à questão de Temer, sua saída da coordenação política seria interpretada como um gesto de afastamento do governo e lançaria dúvidas sobre a governabilidade do país. Ele tem ampla consciência de suas responsabilidades e continuará contribuindo na coordenação política no “atacado” e deixando o “varejo” para um novo ministro da SRI.