Depois do desempenho decepcionante em 2011, o investimento entra em 2012 num cenário marcado pela incerteza. As projeções para a formação bruta de capital fixo (medida das contas nacionais do que se investe na construção civil e em máquinas e equipamentos) são díspares, oscilando de 4% a pouco mais de 8%. Para os mais otimistas, a queda dos juros reais e a aposta na aceleração dos investimentos da União, no avanço das obras ligadas à Copa do Mundo e à Olimpíada e na intensificação dos projetos relacionados à exploração do petróleo na camada de pré-sal justificam a crença numa recuperação mais forte em 2012. Na contramão, os riscos vêm do cenário externo bastante turbulento, que abala a confiança dos empresários, e a situação delicada da indústria de transformação. Em 2011, o crescimento deve ter ficado na casa de 4% a 5%, bem abaixo da expansão próxima de dois dígitos esperada no fim de 2010, ano em que houve alta superior a 21%. O ciclo de aumento dos juros – já revertido -, o recuo do investimento público e o aumento das incertezas externas contribuíram para esse resultado frustrante. (Valor Econômico)