Em 1981, os controladores de vôo norte-americanos entraram
A greve causou gravs problemas econômcos e foi tratada como assunto de segurança internacional. Duramente reprimida pelo governo, os controladores de vôo receberam apoio apenas dos controladores do Canadá e Portugal. Por conta da crise, o governo inerviu na atividade e colocou, em caráter emergencial, pessoal militar para supervisionar os vôos.
Cerca de 11 mil controladores de vôo foram demitidos, quase 70% do total. Muitos dos demitidos foram processados e colocados em listas negras. Tudo em nome da segurança nacional. É bom lembrar que os controladores de vôo nos Estados Unidos são civis.
No Brasil, uma greve com a proporção da que ocorreu nos Estados Unidos é improvável. Sendo militares, não podem entrar
O fato de serem militares está gerando um conflito com as autoridades civis que investigam o acidente da Gol. Ontem, em claro desrespeito, mandaram um atestado medico à Polícia Federal para justificar o não comparecimento de 13 controladores que trabalhavam no dia do acidente para depor sobre o triste episódio.
De certa foram, é bom que os controladores sejam militares. Sem fosse civis, já estariam filiados a alguma central sindical e periodicamente iriam tumultuar a vida nacional com as suas reivindicações de natureza corporativista.
No entanto, é sério saber que a Infraero é acusada de super faturar os fingers dos aeroportos e, ao mesmo tempo, permitir que os controladores de vôo não ganhem um salário a altura de suas responsabilidades, bem como estrutura e pessoal adequado para bem cobrir as suas atividades. Infraero e Aeronáutica devem se entender e melhorar a vida dos controladores de vôo. É urgente. É uma pena que o tema dos controladores tenha vindo à tona por conta do triste episódio da Gol.