"O desafio do governo brasileiro é levar o navio a um porto seguro em um mar completamente revolto", diz o economista chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa, sobre o que será o mundo no próximo ano. "A gente não sabe os desdobramentos da crise lá fora. Por isso o governo tem que manter superávits fiscais da ordem de 3,25% do PIB, o que implica sacrifício maior – e mais ainda em 2012 que é ano de eleições municipais. Mas essa economia é fundamental para manter a inflação ao menos estável", diz. O Banco Central foi agressivo ao se antecipar à piora da crise global e iniciar o corte nos juros básicos da economia em agosto. Mas com a percepção de piora no mundo o mercado, aos poucos, parece ter se convencido de que atuação foi na direção correta. O problema é se a profecia de cenário desinflacionário projetada não se confirmar, diz o estrategista-chefe do Crédit Agricole Brasil, Vladimir Caramaschi. (Brasil Econômico)