Esquenta, no Palácio do Planalto, a discussão sobre as elevadas taxas de "spreads" cobrados pelo sistema bancário em geral e pelos bancos públicos federais, em particular. Ministros envolvidos no debate, relacionado sobretudo com o Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, não escondem a irritação que é, também, de Lula.
"O governo não vai aceitar o jogo de esconde-esconde a respeito da questão do spread", disse um ministro, como publica Claudia Safatle, hoje no Valor Econômico.
O ministro se referia aos questionamentos dos bancos federais à metodologia que o Banco Central e o Ministério da Fazenda usaram para retratar os spreads cobrados pelos bancos públicos e privados, após o agravamento da crise financeira internacional e a consequente contração do crédito.
Os bancos elevaram a expectativa de inadimplência e reduziram a estimativa de avanço para o crédito em pesquisa periódica realizada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) com 34 instituições financeiras, entre os dias 29 e 30 de janeiro.
De acordo com o levantamento, a projeção é de que a inadimplência atinja 5% no fim deste ano, acima dos 4,88% registrados na pesquisa de dezembro e dos 4,32% da enquete de setembro. A inadimplência média fechou 2008 em 4,4%, segundo dados do Banco Central.