Na véspera de mais uma reunião decisiva em Bruxelas sobre a sorte da Grécia, milhares de gregos voltaram ontem a protestar na Praça Syntagma, no centro de Atenas, contra o arrocho provocado pelas medidas de austeridade. Ao contrário da manifestação anterior, realizada há oito dias, não houve incidentes maiores até a noite de ontem. Hoje pela manhã, o Eurogrupo, fórum de ministros de Finanças da zona do euro, volta a se reunir e pode anunciar o desbloqueio do segundo plano de socorro ao país, de € 130 bilhões. A manifestação foi realizada a favor de eleições antecipadas, previstas para abril, e contra as condições impostas pela União Europeia, pelo Banco Central Europeu (BCE) e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) – a troica – para a liberação dos recursos. O protesto foi encabeçado pelas duas maiores centrais sindicais do país, a GSEE, do setor privado, e a Adedy, do funcionalismo público, e tinha como lema a luta contra a austeridade, que resultará no corte de 22% do salário mínimo em março. Desta vez, porém, a polícia grega não contou mais de 1,5 mil manifestantes, contra 80 mil no último domingo. (O Estado de S.Paulo)