Apesar de estar sendo investigado por denúncias de desvio de dinheiro do Ministério do Esporte, pasta que comandou de 2003 a 2006, o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), não enfrenta qualquer dificuldade política para se manter no cargo. Ele sofre pouca oposição na Câmara Legislativa e vive dias tranquilos em seu reduto eleitoral. Dos 24 deputados distritais, apenas dois integram ativamente a oposição. Uma delas, Liliane Roriz (PRTB), é filha do ex-governador Joaquim Roriz e irmã da deputada federal Jaqueline Roriz (PMN-DF), flagrada em vídeo recebendo propina e depois absolvida pela Câmara dos Deputados da acusação de quebra de decoro parlamentar. A outra opositora é Celina Leão (PSD). Agnelo é um dos alvos do inquérito que tramita no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para investigar desvios de dinheiro federal do programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte – escândalo que provocou a demissão do ex-ministro Orlando Silva. Há também um inquérito na primeira instância da Justiça Federal em que Agnelo aparece como suspeito de fraudar notas fiscais para justificar os desvios de dinheiro. (O Globo)