Os sindicatos de trabalhadores com datas-base no segundo semestre do ano não pretendem abrir mão da reposição integral da inflação acumulada e de negociar aumentos reais de salário, como sugeriu o governo. Para os sindicalistas, a ideia do governo de segurar os reajustes salariais para que não haja pressão sobre a inflação vai na contramão do movimento sindical, que quer manter o poder de compra dos trabalhadores. No ano passsado, 89% das categorias conseguiram aumentos salariais acima da inflação, segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). – Não é arrochando salário que o governo vai combater a inflação – disse Jamil D"Avila, secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, que reúne em sua base cerca de 65 mil trabalhadores, e que na campahha salarial do ano passado conseguiu reajuste de 10,8%. (O Globo)