A demanda maior por trabalhos como o do mestre de obra e o aumento de renda da população trouxeram peso maior para o bolso das famílias. A inflação no segmento de serviços está mais alta do que o aumento médio do custo de vida da população. O custo da mão de obra em alguns segmentos (como pedreiro, marceneiro e eletricista) chega a registrar alta de 13,4% de janeiro a outubro deste ano, segundo o índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a evolução dos gastos das famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos em Belo Horizonte. é mais do que o dobro da taxa média registrada pelo índice, que é de 6,15% nos dez primeiros meses de 2011. O dragão está mais forte também em outros segmentos de serviços, como alimentação fora de casa, manicure e pedicure, depilação, aparelho dentário, médico, despachante e empregado doméstico. Todos esses setores registraram reajuste acima da média inflacionaria da capital neste ano. "Tivemos aumento real de renda da população. Muita gente nova, principalmente da classe C, passou a usar os serviços e elevar a demanda", explica Wanderley Ramalho, coordenador de pesquisa e desenvolvimento da Fundação Ipead/UFMG. Ele ressalta que quando ocorre o movimento contrário e há queda de renda real, o setor de serviços é o primeiro a retrair o preço. "De qualquer forma, o consumidor deve estar atento aos preços, pois neste momento pode haver muita especulação", observa. (Estado de Minas)