O desânimo já tinha tomado conta da campanha de Aécio Neves (PSDB) à Presidência da República. Pessoas estavam sendo dispensadas. O desencanto era geral. Alguns até achavam que ele deveria desistir. Mas nós nunca acreditamos nisso. Renunciar à candidatura representaria a sua morte política como figura nacional. Sabíamos que ele teria de ir até o fim para sustentar a campanha do seu partido e ser conhecido nacionalmente. Quem sabe até ser candidato presidencial de novo.
A recente subida do candidato, quando voltou ao patamar de 19%, deu novo fôlego à campanha. Caso Aécio suba mais seis pontos e Marina Silva (PSB) perca outros seis, haverá empate técnico e o opositor de Dilma Rousseff (PT) no segundo turno pode ser qualquer um dos dois. Não é um cenário impossível.
A rejeição a Marina está aumentando e Aécio pode estar vivendo um novo ciclo de ascensão. Tudo continua indicando que é Marina quem vai estar lá contra Dilma. Porém, o que era certo mudou. Mais uma vez. Esta é, sem dúvida, uma campanha surpreendente. Diferente de todas as outras desde a redemocratização.