Diante de uma plateia ligada à Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), o ministro da Previdência, Garibaldi Alves, voltou aos tempos de senador do PMDB e defendeu ontem o fim do fator previdenciário, criado em 1999 para tentar inibir as aposentadorias precoces pelo INSS, recalculando o valor desses proventos. Em discurso na sessão solene na Câmara dos Deputados, em homenagem à Cobap, Garibaldi disse que "não vai sossegar" enquanto não acabar com o fator previdenciário. Depois, porém, ele admitiu que não há consenso no governo sobre uma opção ao fator, já que as propostas existentes de cálculos para as aposentadorias do INSS não agradaram nem os técnicos da área econômica. Segundo o ministro, o fator previdenciário que os aposentadores rejeitam – porque reduz os valores das aposentadorias – rendeu aos cofres públicos R$31 bilhões em quase 12 anos: – Enquanto estiver como ministro, não sossegarei enquanto não tivermos o final do fator previdenciário. Agora, sozinho, não vou encontrar a saída. Diante desses cartazes (que pediam o fim do fator), não se pode falar muito além do que eles pedem – discursou Garibaldi. (O Globo)