A exposição do sistema financeiro brasileiro (SFN) à fragilidade das dos bancos europeus é baixa, na avaliação do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. Essa solidez do sistema, segundo Tombini, está garantida pela capitalização das instituições, segundo as normas definidas no acordo de Basileia (que estrutura a atuação dos bancos em níveis de segurança) e dos R$ 450 bilhões que os bancos mantém depositados no Banco Central. Na eventualidade do agravamento da crise financeira na zona do euro, o Brasil teria condições de enfrentar esse desafio. Os comentários de Tombini, transmitidos por meio de sua assessoria de imprensa, consideram relatório do Banco de Compensações Internacionais (BIS) sobre o risco de países emergentes e dos Brics, diante do agravamento da crise financeira na zona do euro. O relatório menciona que os bancos europeus têm US$ 416 bilhões em operação no Brasil, o que poderia ser uma evidência da dependência brasileira de recursos desses bancos. Essa dependência imporia um risco maior considerando-se a possibilidade de uma nova fase de escassez de recursos no exterior. (O Estado de S.Paulo)