PT reivindica Lula reuniu a cúpula do PT e fez um apelo para que o partido não atrapalhe o segundo mandato. Os petistas deram mostra de insatisfação durante a semana. A líder no Senado, Ideli Salvati (SC), foi à tribuna para reclamar que o PT deseja recuperar a liderança do governo. Ideli recorreu à ironia: O PMDB terá espaço, mas o (Palácio do) Planalto não pode ser muito frouxo porque precisaria de três governos para atender todo o partido. Lula substituiu a seu líder no senado, Aloizio Mercadante, pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR).
Preferência por Rebelo Lula prefere manter Aldo Rebelo (PCdoB) na presidência da Câmara, a quem considera um parceiro leal, mas o PT quer o posto para o partido.O líder do governo na Casa, Arlindo Chinaglia (SP) surge como o nome mais cotado. No ano passado, na eleição que deu na vitória a Severino Cavalcanti (PP-PE), Chinaglia era o preferido dos líderes dos partidos aliados para o cargo.
Visão ingênua O último representante do núcleo de assessores mais diretos de Lula deixou o governo. Luiz Gushinken, acusado de envolvimento com o caso do mensalão e de cometer irregularidades com verbas de publicidade quando era secretário de Comunicação, disse que tinha que sair agora, depois da vitória. Admitiu que o PT cometeu erros no governo por ter uma visão ingênua. Antes dele, José Dirceu e Antonio Palocci já haviam deixado o governo. O chefe do gabinete pessoal de Lula, Gilberto Carvalho, também deverá ser deslocado para outro posto.
Canais errados Lula tenta manter o PMDB unido em sua base de apoio, mas estava negociando via canais errados. A presidência do partido estava à margem dos contatos do presidente com representantes do partido (os senadores José Sarney/AP e Renan Calheiros/AL e o deputado Jader Barbalho/AP). O presidente da legenda, Michel Temer, reclamou e Lula marcou um encontro com ele para a quarta-feira da semana que vem.
Prêmio a derrotado Quatro partidos já indicaram seu representante para a vaga de ministro do Tribunal de Contas da União, com salário mensal de R$ 23 mil. O sistema de indicação obedece a um rodízio entre o Executivo, Congresso (revezamento entre Câmara e Senado) e funcionário de carreira do Tribunal. Três dos indicados agora são deputados que foram derrotados nas eleições de outubro. O PFL aprovou o nome de Aroldo Cedraz (BA); o PTB indicou Antônio Fleury Filho (SP) e o PSDB escolheu Gonzaga Motta, que faz sua segunda tentativa de chegar ao TCU. O PMDB ficou com o relator da CPI dos Correios, Osmar Serraglio (PR), o único que foi reeleito.
Cerco das CPIs O sub-relator da CPI dos Sanguessugas, Fernando Gabeira acha que o presidente licenciado do PT, Ricardo Berzoini, deve ser convocado a depor. Gabeira vê indícios da existência de caixa dois como origem do dinheiro (R$ 1,7 milhão) que seria usado na compra do dossiê contra o PSDB. No senado, Heráclito Fortes (PFL-PI) diz já ter colhido as 27 assinaturas necessárias para abrir uma CPI para investigar repasses do Governo Federal a ONGs.
Economia
Sonho adiado O Brasil só alcançará o sonho de ter crescimento econômico de 5% ao ano só na próxima década. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) isso só será possível em 2017. Problemas no setor elétrico e o baixo nível dos investimentos impedem uma taxa acima de 3,5%.Se o crescimento for superior a 4%, há risco de apagão. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, discorda. Para ele, as condições para o País crescer 5% estão dadas.
Elogio de Lula Depois de cinco horas de reunião na terça-feira com a equipe econômica, Lula gostou da proposta apresentada pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, elevando de 0,2% para 0.5% do PIB os investimentos em infra-estrutura pelo Projeto Piloto de Investimento (PPI) que não contabiliza esses gastos como despesas e, portanto, não influem na apuração do superávit primário. Esses recursos chegam a R$ 6 bilhões.
Angustiado Para a senadora Ideli Salvati, líder do PT, Lula está preocupado em não alcançar a meta de crescimento de 5%, como gostaria. Ele tem cobrado ousadia nos auxiliares da área econômica e se mostra angustiado com as propostas que tem recebido.
Internacional
Ataque à elite Lula aproveitou uma viagem à Venezuela porá participar de um ato de campanha pela reeleição de Hugo Chávez para retornar aos ataques à imprensa e ao que ele chama de elite brasileira. Disse que foi vitima de incompreensão e preconceito criticando empresários, banqueiros e ex-governantes. Lula observou que jamais poderia imaginar que isso pudesse ter ocorrido no Brasil, e aconteceu mesmo, querido companheiro.
Ameaça ao Peru Para o presidente do conselho de ministros peruano, Jorge Del Castilho, Hugo Chávez quer desestabilizar país. Segundo sua avaliação, as atitudes de Chávez seguem na direção de cercar o Peru e interferir de forma negativa em suas instituições (Fonte – Arko América Latina).
Ameaça Argentina Um acordo militar firmado entre a Argentina e a Rússia, feito nos moldes do que já foi feito a Venezuela, causou polêmica no Chile. Rivais históricos, os chilenos acusaram o governo argentino de estimular uma corrida armamentista no continente (Fonte Arko América Latina).