Negociações – Lula resolveu assumir pessoalmente as negociações com os partidos da base aliada para a montagem do ministério (três deles, PTB, PP e PL, estiveram envolvidos com o escândalo do mensalão). Na semana ele teve o primeiro encontro com o líder do PTB na Câmara, José Múcio (PE). Lula esteve também três vezes com o deputado Jader Barbalho (PMDB-PA).
Convite a Collor – Roberto Jefferson, que detonou o escândalo do mensalão no ano passado, voltou à presidência do PTB e não garante apoio incondicional ao governo. Ele está querendo levar o ex-presidente Collor, eleito senador pelo PRTB-AL a ingressar no partido.
Apoio do PMDB – Em reunião com o Conselho Político, na segunda-feira, Lula declarou que não quer repetir o erro de 2002, ao não reconhecer o peso do PMDB. Agora quer o partido unido em seu apoio e garante que vai lhe dar mais espaço no governo em detrimento do PT.
Novo líder – Apesar do retorno do senador Aloizio Mercadante ao Senado, Lula confirmou o senador Romero Jucá (PMDB-RR) na liderança do governo no Senado. Jucá exercia a função interinamente no lugar de Mercadanate que continua sendo discriminado pela cúpula do governo.
Proporcionalidade – A disputa promete ser renhida. O PP também quer marcar sua presença no primeiro escalão. O líder do partido na Câmara, Mário Negromonte (BA), defende o que chama de proporcionalidade: se o PMDB elegeu 80 deputados e quer seis ministérios, o PP tendo eleito 40, acha que merece três.
Insatisfação – Na reunião do Conselho Político, Lula demonstrou sinais de insatisfação com o ritmo das obras no setor de infra-estrutura. Em reunião com os ministros de Minas e Energia, Silas Rondeau, e dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, pediu mais empenho na recuperação das rodovias e nas obras de hidrelétricas em andamento.
Ministeriáveis – Alguns nomes surgiram como candidatos a uma vaga no ministério do segundo mandato: Delfim Netto e Pratini de Morais são cogitados para a Agricultura; Lula gostaria que Jorge Gerdau Johanpeter assumisse o o Desenvolvimento. Tarso Genro e Nelson Jobim, ex-presidente do STF, disputam o ministério da Ministério da Justiça. No entanto, Marcio Thomaz Bastos já teria confirmado a Lula que permaneceria na posição se o presidente desejasse. Roseana Sarney também aparece cotada para o Ministério de Cidades.