Mais anos de estudo. Maior presença na universidade. Participação crescente no mercado de trabalho. Expansão dos programas de transferência de renda. Juntos, esses motivos explicam o salto dos ganhos das mulheres nos últimos cinco anos: a massa da renda feminina subiu 30,8%, de 2006 a 2011, passando de R$519,3 bilhões para R$679,5 bilhões. Um ritmo de crescimento que deixou a expansão dos homens para trás. A evolução da massa de renda masculina é menor: de 22,7% (de R$868,3 bilhões para R$1 trilhão). Avanços que foram mais expressivos na classe C. A massa de renda delas avançou 48,6% em cinco anos, para R$333,3 bilhões; enquanto a deles subiu 38,3%, para R$508,8 bilhões. As conclusões são de pesquisa da consultoria Data Popular feita com exclusividade para O GLOBO. O levantamento evidenciou o lado feminino da nova classe média brasileira: as quase 53 milhões de mulheres da classe C detêm quase metade da renda feminina do país.