Participei, nesta terça-feira, de audiência pública na Comissão Especial da reforma política, na Câmara dos Deputados. Disse que, na minha opinião, a reforma do sistema eleitoral deve ser analisada com urgência e defendi mudanças imediatas no financiamento das campanhas eleitorais, com o fim das coligações e adoção do sistema eleitoral misto.
Para mim, é preciso impor tetos para doações e para gastos de campanha. Temos que acabar com a corrida do milhão. O custo eleitoral da última eleição para presidente chegou a R$ 5 bilhões.
Estavam lá os cientistas políticos Jairo Nicolau e Rubem Barboza. Eles também são a favor da implantação de um sistema misto proporcional, em que parte dos parlamentares eleitos sairiam de listas feitas pelos partidos e parte seria votada por distritos. O relator da comissão especial, deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), tem preferência por esse modelo.
Todos apoiamos uma reforma política que fortaleça os partidos. Houve críticas ao chamado “distritão”, caso em que os candidatos mais votados de determinado estado seriam os eleitos. O modelo, na opinião dos debatedores, enfraqueceria as legendas.