Vítimas de uma das maiores catástrofes naturais do país, as cidades turísticas de Nova Friburgo e Teresópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, estão tendo seus já dificílimos trabalhos de reconstrução atrapalhados por problemas políticos. Nos dois municípios – que responderam por 808 dos 905 mortos e 231 dos 292 desaparecidos -, a briga política inclui acusações de irregularidades e falta de transparência na gestão dos recursos destinados à recuperação. Em Nova Friburgo, uma licença médica por tempo indeterminado do prefeito Heródoto Mello (PSC) deixou em aberto a prestação de contas de R$ 10 milhões repassados pela União. Em Teresópolis, o prefeito Jorge Mario Sedlacek (PT) é acusado de favorecer empresas na contratação dos serviços de reconstrução. Rejeitado dentro de seu próprio partido, Sedlacek é alvo de CPI na Câmara Municipal. (Valor Econômico)