Depois de reiteradas negativas da equipe econômica desde o ano passado, o governo deve aproveitar o refresco dado pelas taxas de inflação nos últimos dois meses para, finalmente, reajustar o preço da gasolina e do óleo diesel nas refinarias. O ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou que o governo está analisando o pedido de aumento feito pela Petrobras. Para o economista da Tendências Consultoria, Silvio Campos Neto, o reajuste da gasolina deve ficar na casa dos 10% nas refinarias. Mas o repasse para os preços nas bombas não passará de 4% ou 5%, diz ele. A equipe da Tendências acredita que o governo vai liberar o aumento em maio ou junho, no máximo. Neto avalia que esse é o momento de majorar os preços, sem que o governo recorra à pouca margem que restou da alíquota da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), incidente sobre os valores dos combustíveis. O governo vem segurando o reajuste para o consumidor mediante redução consecutiva da contribuição recolhida pela Petrobras, que hoje está em 0,091 por litro de gasolina. (Correio Braziliense)