Puxada por alimentos mais caros, a inflação medida pelo índice de Preços ao Consumidor -15 (IPCA-15) acelerou de 0,42% para 0,46% de outubro a novembro. Em 12 meses, a taxa desacelerou, de 7,12% para 6,69%. Mas este resultado ainda está acima do teto da meta inflacionária de 2011 (6,5%). Economistas são céticos quanto ao cumprimento do intervalo este ano. E alertam: o IPCA-15 voltou a mostrar persistência inflacionária, principalmente nos serviços. Isso deve dificultar a intenção do governo de convergência em 2012 para o centro da meta (4,5%). Para o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa, a taxa maior do IPCA-15, prévia do índice oficial IPCA, já era esperada pelo mercado. "Outros índices de inflação do varejo já mostravam aumentos mais intensos entre os alimentos", afirmou. Segundo o IBGE, a inflação no setor de alimentação avançou de 0,52% para 0,77% no período, e representou mais de um terço do desempenho de novembro. Mas Rosa alertou para a "rigidez inflacionária" sinalizada pelo indicador, perceptível nas acelerações de preços em itens como empregados domésticos (de 0,10% para 1,35%); manicure (de 1,13% para 1,40%) e cabeleireiro (de 0,16% para 1,54%). (O Estado de S.Paulo)