A votação do novo Código Florestal, que parecia ter avançado durante as negociações da semana passada, quando o governo entrou em ação e formatou um discurso único, volta ao ritmo arrastado porque o PT quer mais tempo para debater a proposta. Nesta semana, representantes do partido vão procurar o ministro de Relações Institucionais, Luiz Sérgio, para apresentar suas ponderações. Além das divergências de mérito, setores do PT defendem mais dois ou três meses para discussão e aprovação do Código, contrariando a expectativa do próprio governo de aprová-lo no início de junho. Os petistas não concordam, por exemplo, com a anistia de multas para quem desmatou antes de 2008 e defendem a necessidade de toda propriedade ter uma reserva legal. O líder do PT na Câmara, deputado Paulo Teixeira (SP), disse que a bancada vai se reunir com Luiz Sérgio para também ouvir as propostas do governo. De quebra, tentará ganhar o apoio do Palácio do Planalto para convencer o relator do projeto, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), a rever seu texto e aceitar as sugestões petistas.