No dia 10 de fevereiro, durante as comemorações dos 34 anos de fundação do PT, o partido deverá realizar o lançamento oficial da candidatura da presidente Dilma Rousseff à reeleição nas eleições de outubro. A revelação foi feita na semana passada pelo presidente nacional da legenda, Rui Falcão. O evento está marcado para ocorrer na cidade de São Paulo, no Parque de Exposições do Anhembi, e deverá contar com a presença do ex-presidente Lula.
Conforme podemos observar, a reeleição de Dilma é o principal objetivo do PT para 2014. No mais recente encontro da Executiva Nacional do partido, a vitória da presidente em outubro foi classificada como “prioridade inarredável”.
Preocupado com o impacto que as manifestações de junho do ano passado causaram na popularidade de Dilma Rousseff (a presidente perdeu 30 pontos percentuais nas pesquisas com os protestos), o PT se mobiliza para evitar surpresas, sobretudo durante a realização da Copa do Mundo no país.
Após o encontro da Executiva Nacional, o PT divulgou uma nota defendendo a necessidade de estreitar laços com os movimentos sociais. O partido quer aproximar-se dos jovens que foram às ruas para reivindicar melhores serviços públicos.
Com isso, o PT pretende acompanhar o sentimento de mudança existente em parte importante da sociedade brasileira (vale lembrar que na última pesquisa Datafolha realizada em dezembro, 66% dos brasileiros afirmaram que desejam que o próximo presidente da República promova mudanças).
Ou seja, ainda que as conquistas do legado do lulismo – que foram mantidas e algumas foram até ampliadas pelo governo Dilma – sejam bem-vistas pela opinião pública, cerca de dois em cada três brasileiros querem algo mais, querem novidade.
Não por acaso o PT informou, após reunião de sua Executiva, que é fundamental seus militantes defenderem as realizações dos governos Lula e Dilma, porém, somente isso não é suficiente. “é preciso apresentar propostas, projetos e compromissos com o futuro”, é dito em um trecho da nota divulgada pelo partido.
Conforme ocorreu após os protestos nos discursos de líderes do PT, a tendência é que eventuais novos protestos e opiniões favoráveis à mudança sejam passados à opinião pública como uma consequência da ascensão social possibilitada pelos governos Lula e Dilma nos últimos anos. Ou seja, segundo o PT, parte significativa dos brasileiros estaria mais exigente porque teria melhorado seu padrão de vida.
Outro ponto essencial da estratégia petista para as eleições de outubro será a presença do ex-presidente Lula. Embora o partido negue, Lula deverá atuar numa espécie de “campanha paralela” à de Dilma Rousseff.