Um dia depois de encerrada uma disputa apertada durante Encontro de Tática Eleitoral em relação à política de alianças do PT na sucessão à Prefeitura de Belo Horizonte, o partido continua a bater cabeça. Não há consenso sequer em relação ao que foi deliberado. Em entrevista coletiva ontem, o presidente municipal petista, vice-prefeito Roberto Carvalho, que defendia a tese da candidatura própria, deu a sua versão: "O PT vetou a presença do PSDB. Se o PSB não decidir até 15 de abril a exclusão do PSDB, nós retomaremos a tese da candidatura própria". Segundo Roberto Carvalho, o PSB receberá oficialmente o resultado da resolução para que se posicione no prazo indicado. De forma diferente interpretam a resolução aprovada no encontro o presidente nacional do PT, Rui Falcão, e o presidente estadual, Reginaldo Lopes. "Foi aprovada a coligação com o PSB e houve ponderação ao prefeito de que seria interessante não ter o PSDB. Queremos dizer com isso que o PSDB não é bem-vindo. Mas essa decisão será do prefeito. Para nós, o elemento decisivo é o de que vamos apoiá-lo", afirmou Rui Falcão. Na mesma linha, Reginaldo Lopes assinalou: "Foram duas teses. Se apoiaríamos o PSB com o veto explícito ao PSDB na aliança ou se apoiaríamos o PSB com um veto ideológico e político ao PSDB. E ganhou a tese do veto ideológico político. Portanto, a tese de Roberto Carvalho foi derrotada". (Estado de Minas)