Capitaneada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, uma reunião entre líderes de partidos de esquerda definiu ontem uma estratégia para forçar a votação da reforma política no Congresso. No encontro entre os presidentes do PT, PSB, PCdoB e um representante
do PDT, ficou acertado que os partidos buscarão apoio para formar um projeto comum. As conversas se estenderam mais tarde inclusive com o ex-governador José Serra (PSDB), que se reuniu de portas fechadas como presidente do PT, Rui Falcão, na Assembleia Legislativa. O encontro, porém, emperrou quando colocado em pauta um dos itens da reforma: o PT é a favor do voto proporcional, e Serra defende o voto distrital puro em municípios com mais de 200 mil habitantes. Na reunião comandada por Lula, ficou definido, segundo Rui Falcão, consenso na defesa do voto proporcional, manutenção do voto obrigatório, fidelidade partidária e financiamento público exclusivo das campanhas. Também em São Paulo, o senador Aécio Neves se reuniu no início da noite com o governador Geraldo Alckmin. Os tucanos não quiseram falar, mas a conversa foi sobre a escolha da nova direção executiva do PSDB. (O Globo)