PT deve restringir participação de Lula na negociação da reforma política
A participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na negociação da reforma política deve ser menor do que ele próprio deu a entender quando anunciou que iria arregaçar as mangas para ajudar a desobstruir a tramitação de uma agenda há anos perdida no Congresso. A cúpula do PT já avalia que a retomada da discussão no Senado terá o mesmo fim que outras iniciativas parecidas, especialmente a rodada de 2009, quando a Câmara esteve prestes a aprovar um projeto que alterava substancialmente o sistema eleitoral. Na dúvida, o partido prefere preservar sua maior liderança do desgaste de uma discussão inócua. Lula deve falar e estimular a reforma, como fez na semana passada em reuniões com lideranças do PT. Mas não assumirá o papel de condutor das negociações, entre outros motivos porque o PT avalia que a figura do ex-presidente não pode ser banalizada e que o partido não deve entregar a ele a responsabilidade de aprovar a reforma.