Com o slogan "Um novo Brasil, uma nova política", o PT lançou na última sexta-feira, 5, a campanha pela reforma política em que o ponto central será o financiamento público das campanhas eleitorais. Durante reunião do diretório nacional, o relator da reforma na Câmara, deputado Henrique Fontana (PT-RS), detalhou para os petistas o anteprojeto que apresentará à comissão especial nesta quarta-feira, 10. Apesar do financiamento público, Fontana abre espaço para doações de empresas privadas e de estatais para um fundo geral para as eleições, que será gerido pelo Tribunal Superior Eleitorral (TSE). O relatório teve aprovação unânime do diretório, mas há uma avaliação geral de que será muido difícil aprovar as mudanças no Congresso. Segundo Fontana, empresas públicas e privadas que quiserem "colaborar com a democracia" poderão fazer doações ao fundo, sem direcionar os recursos a partidos ou candidatos. "Se a Petrobrás ou a Eletrobrás financiam a cultura, também podem doar para este fundo. Da mesma forma, uma empresa privada que queira contribuir não escolherá um candidato ou um partido, mas fará um doação geral para o fundo", disse o deputado. (O Estado de S. Paulo)