Unidos num casamento de conveniências e sob a tutela das cúpulas nacionais, PT e PMDB do Rio voltaram a se estranhar nas últimas semanas. Tudo porque o presidente do PMDB do Rio, Jorge Picciani, em entrevista ao jornal "O Dia", afirmou que seu partido não garantiria apoio a candidatos do PT nas eleições deste ano em algumas prefeituras, como a de Niterói, e criticou vários prefeitos do partido. Adversário de Picciani na última eleição, o senador Lindbergh Farias (PT) protestou e disse que partido poderia romper o acordo na capital, na qual dá apoio à reeleição do prefeito Eduardo Paes e coloca na chapa o vereador Adilson Pires como candidato a vice. A confusão foi tanta que a cúpula do PT se reuniu ontem em São Paulo para discutir o assunto. Tentando colocar novamente panos quentes na disputa e azeitar a aliança, o presidente nacional do PT, deputado estadual Rui Falcão, convocou Lindbergh Farias para uma reunião em São Paulo. Depois da conversa, disse que vai marcar nova reunião, agora com o governador Sérgio Cabral (PMDB) e Eduardo Paes para defender os interesses do PT no Estado. (Valor Econômico)