O que o 28º partido que está em vias de ser criado tem de diferente dos 27 já existentes, aos olhos do eleitor? Nada que os outros não prometam: democracia no processo decisório, apoio aos projetos de interesse do Brasil, combate à pobreza com geração de riqueza e defesa da classe média. O perfil da maioria dos 33 parlamentares que assinaram a ata de fundação do PSD também é muito parecido: com raras exceções, integram o baixíssimo clero. Deixam seus partidos de origem por falta de espaço para projetos pessoais – como o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab -, por desavenças pessoais e pelo desejo de ir para o barco governista, para facilitar a liberação de emendas para seus municipios. Além de cargos. Para os que saem de partidos da base da presidente Dilma Rousseff, o comportamento nas votações do Congresso não será diferente. Mas os 11 deputados do DEM e os três do PPS ganharam um discurso novo para justificar a eventual adesão: são livres para votar de acordo com os projetos de interesse do Brasil.