Com as bênçãos dos governistas, o lançamento ontem da ata de fundação do Partido Social Democrático (PSD), sob o comando do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, foi um golpe na oposição. Na festa, num auditório da Câmara com a participação do presidente da Casa, Marco Maia (PT-RS), os principais líderes do novo partido discursaram em defesa do apoio ao governo da presidente Dilma Rousseff. Na ata, 32 deputados federais registraram a migração para o PSD. A expectativa é que o número chegue a 40. Também aderiram dois senadores, um governador, cinco vice-governadores, deputados estaduais, prefeitos e vereadores que deixaram vários partidos.
Os partidos com mais baixas foram o DEM, que perdeu 11 nomes; o PP, 6; o PPS, 3; e o PMN, 3. O PMDB perdeu um. Apesar de terem assinado a ata, os parlamentares ainda não se desfiliaram dos partidos. A regra da fidelidade partidária garante a migração, sem perda do mandato, quando ela é para um novo partido ou quando há fusão. O líder do DEM, deputado ACM Neto (BA), disse que os parlamentares poderão sofrer processo de expulsão antes da oficialização do PSD, como já está acontecendo com Kassab. No lançamento, Kassab disse que o PSD "nasce" independente, mas garantiu liberdade a todos os filiados, sem patrulhamento, para o apoio ao governo Dilma.