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Produtor lucra mais vendendo no Brasil do que no exterior

As exportações de commodities agrícolas, que garantiram a expansão do agronegócio e boa parte do superávit da balança comercial em 2011, pode perder peso neste ano. E o motivo está nos números: os preços pagos no Brasil pelos principais grãos estão até 134% acima das cotações internacionais. Os casos mais visíveis são da soja e do milho, que são largamente utilizados em rações animais. A saca de 60 quilos desses produtos estão sendo negociadas no mercado físico brasileiro por R$ 48,22 e R$ 30,53, respectivamente. Na bolsa de Chicago, os mesmos produtos valem US$ 12,12 e US$ 6,41. Convertidos para preços em reais, lá fora a soja vale menos da metade e o milho um pouco mais que um terço do preço pago no Brasil. No segmento cafeeiro, a diferença também existe, mas é menor. Valendo R$ 469 a saca de 60 quilos no mercado interno, os produtores ganham 20% mais aqui do que exportando. Segundo Lucílio Alves, pesquisador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, (Cepea) da Escola Superior de Agricultura da Universidade de São Paulo (Esalq/USP), a maior demanda brasileira por estes produtos está atrelada ao crescimento da renda a neste ano impulsionada pelo aumento de 14% no salário mínimo – , baixo desemprego e programas governamentais. "O crescimento da renda tem elevado a demanda por carnes, seja ela de frango, bovina ou suína. Mais de 80% do milho produzido no país é direcionado para a ração animal. O mesmo acontece com o farelo de soja, que complementa o milho. Além disso, temos um programa federal de biodiesel, que a produção vem quase que toda da soja", explica Alves. (Brasil Econsômico)