Apesar da pressão internacional, o Brasil ignora os apelos para resistir ao protecionismo e anuncia não apenas que vai manter as medidas que distorcem o comércio, como vai prolongá-las a partir de 2013, com exigências às montadoras estrangeiras. Segundo o governo, a China não tem moral para se queixar. Afinal de contas, ontem mesmo adotou tarifas contra carros americanos. O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, insistiu ontem em Genebra que a legislação brasileira está dentro das regras estabelecidas pela OMC e que, a partir de 2013, o regime que entrará em vigor manterá os princípios da atual política industrial. Hoje, entra em vigor o decreto que estabelece um IPI menor para o carro com maior conteúdo nacional. "O que nós estamos fazendo é induzir a agregação de tecnologia e de inovação tecnológica na produção brasileira", disse. (O Estado de S.Paulo)