Lula brinca com Chávez:’se eleger Dilma serei presidente da Petrobras’
26 de maio de 2009
Governo descarta oposição no comando da CPI
26 de maio de 2009
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Principais notícias desta terça-feira (26/05/2009)

Lula brinca com Chávez: 'se eleger Dilma serei presidente da Petrobras'

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu colega venezuelano Hugo Chávez discutiram nesta terça-feira em Salvador (BA) o projeto de uma refinaria em Pernambuco, cujo modelo de construção conjunta ainda carece de acordo. Mas, sem saber que estavam sendo ouvidos pela imprensa, os chefes de estados brincavam com coisa séria:
“Se eu conseguir eleger a Dilma, vou ser o presidente da Petrobras e você Gabrielli vai ser meu assessor", disse Lula, referindo-se ao atual presidente da estatal brasileira.
Apesar de frustrado com a falta de acerto entre a Petrobras e a estatal venezuelana de petróleo PDVSA em torno da refinaria de Abreu Lima (PE), Chávez ainda estava otimista.
As discussões sobre a refinaria foram prorrogadas por mais 90 dias.

 

TSE julga cassação de governador de SC na quinta-feira

Após cassar o mandato dos ex-governadores Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e Jackson Lago (PDT-MA), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgará na quinta-feira (28) o governador de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira (PMDB), acusado de abuso do poder político e propaganda eleitoral irregular durante o pleito de 2006. Luiz Henrique faz parte do grupo de governadores que são réus em ações referentes às últimas eleições estaduais – ainda serão julgados Ivo Cassol (sem partido-RO), Marcelo Déda (PT-SE), Marcelo Miranda (PMDB-TO) e Anchieta Júnior (PSDB-RR).

Integrantes da CPI da Petrobras serão indicados nesta terça

Os líderes partidários devem indicar nesta terça-feira os 11 senadores que integrarão a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a investigar supostas irregularidades na Petrobras. Pelo regimento, termina hoje o prazo regimental de cinco sessões para as legendas indicarem seus representantes. Aloizio Mercadante (PT-SP), líder do partido, afirmou que divulgará neste prazo os nomes dos parlamentares do bloco que farão parte da CPI.

 

A hipótese do terceiro mandato

As dores que a ministra Dilma Rousseff sentiu, na semana passada, por causa do seu tratamento de saúde agregaram mais incerteza à viabilidade de sua candidata no meio político. Inevitavelmente essa situação trouxe de volta, e com intensidade, o debate sobre a hipótese de um terceiro mandato para o presidente Lula. Parte de um grupo de parlamentares da elite do PMDB reunido na quarta-feira passada na casa do líder do partido na Câmara, Henrique Eduardo Alves, sinalizou apoio à proposta do deputado Jackson Barreto (PMDB-SE), que deve ser apresentada nesta semana. Na avaliação da Arko Advice, a probabilidade de uma iniciativa como essa prosperar no cenário atual é de 20%.

 

Investidores aguardam definição sobre pré-sal

A discussão sobre um novo marco regulatório do petróleo voltou a circular no meio político. Deputados, senadores e ministros se apressam para não ficar à margem do assunto. Na Câmara, há um mês o PSB realizou seminário com especialistas sobre a camada pré-sal. Na quarta-feira (27), outro seminário. Dessa vez, promovido pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT). O Executivo há um ano diz que anunciará novas regras, mas, assim como o Congresso, nada fez de concreto. Os investidores aguardam sinal verde para avançar na exploração da camada pré-sal.

 

Presidente do STF contra terceiro mandato

Pela primeira vez o presidente do Supremo, Gilmar Mendes, falou sobre proposta de um eventual terceiro mandato e prorrogação dos mandatos de governadores, deputados e senadores. Para ele, emenda constitucional neste sentido é casuísmo. O Globo publica que, dos onze ministros do STF, cinco deles ouvidos pelo jornal se manifestaram contra a prorrogação dos mandatos. O ministro Marco Aurélio de Mello considerou a alternância do Poder essencial para que haja democracia.

 

Lula não quer oposição comandando a CPI e Sarney ameaça indicar nomes

Lula interveio na negociação para a composição da CPI da Petrobras, deixando claro que não quer alguém da oposição no comando das investigações. A ação da CPI preocupa o governo que teme embaraços para investimentos da empresa. O líder do PMDB, Renan Calheiros, teria se comprometido a indicar nomes do partido que não criem dificuldades nas investigações e nem acirrem a disputa com o PT. Aumentam manifestações de sindicalistas, ONGs e petistas contra as investigações.

Os líderes partidários devem indicar nesta terça-feira os 11 senadores que integrarão a CPI. Pelo regimento, termina hoje o prazo regimental de cinco sessões para as legendas indicarem seus representantes. Aloizio Mercadante (PT-SP), líder do partido, afirmou que divulgará neste prazo os nomes dos parlamentares do bloco que farão parte da CPI.

Até o momento, PDT indicou Jefferson Praia (AM) e o PTB indicou Fernando Collor (AL). A oposição tem seis nomes escolhidos, porém, só poderá oficializar cinco nomes. Por enquanto, estão cotados os senadores Heráclito Fortes (PI), ACM Júnior (BA) e Demóstenes Torres (GO), pelo DEM, e álvaro Dias (PR), Tasso Jereissati (CE) e Sérgio Guerra (PE), pelo PSDB.

Porém O PSDB voltou atrás e desistiu nesta terça-feira de reclamar uma vaga adicional na CPI da Petrobras. O líder da bancada, senador Arthur Virgílio (AM), disse que quer evitar atrasos na instalação da comissão. ‘Aceitamos em troca de não protelar mais ainda a CPI. Não vamos fazer nada que atrase a instalação da CPI’, afirmou o líder tucano que disse acreditar no "bom senso" dos governistas em ceder uma das vagas no comando da CPI à oposição.

Mas os governistas comunicaram à oposição no fim da tarde que não haverá acordo acerca dos cargos de comando da CPI. Em contrapartida, DEM e PSDB – donos das duas maiores bancadas no Senado – irão obstruir a votação da MP 452, que capitaliza o Fundo Soberano.

Já o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), disse na que se os líderes partidários não oficializarem a indicação dos seus representantes para compor CPI, ele mesmo fará as indicações dos integrantes nesta quarta-feira: ‘Se não tiver as indicações até a meia-noite de hoje, eu mesmo, de acordo com decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), farei as indicações, tendo em vista que já decorreram as cinco sessões, desde a leitura do requerimento de criação da CPI’.

Sarney disse que se manterá afastado das questões políticas que envolvem a CPI, como a divisão dos cargos de comando da CPI entre governo e oposição. Ele acrescentou que espera o entendimento das partes para que não haja obstrução da pauta de votações no plenário.

 

Ministro critica morosidade da burocracia do BNDES

Repercutindo as críticas dos produtores rurais, o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, criticou o BNDES ao afirmar que o banco não compreende a dimensão das necessidades da agricultura em momentos de crise. O ministro reclama da morosidade burocrática da instituição na liberação dos recursos de financiamentos destinados ao setor agrícola. O banco prevê a liberação de R$ 125 bilhões neste ano, sendo R$ 25 bilhões para financiar projetos da Petrobras na exploração de petróleo no pré-sal.