Henrique Meirelles: crédito voltou aos níveis pré-crise
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Principais notícias desta segunda-feira (09/02/2009)

José Maurício Jr.

 

Concessão de crédito nos níveis pré-crise

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles afirmou nesta segunda-feira que, o volume de concessão de crédito livre pelas instituições financeiras já ultrapassou o patamar registrado no fim do mês de setembro e se aproxima dos níveis "pré-crise". época em que houve o pedido de concordata do banco norte-americano Lehman Brothers. Usando um número base de 100 pontos para explicar as médias diárias, Meirelles disse que em setembro do ano passado, o volume de concessões recuou para 92,7 pontos em outubro, subiu um pouco, para 96,8 pontos em novembro de 2008, e avançou mais ainda: para 101 pontos em dezembro. Em janeiro deste ano ficou em 101,1 pontos.

Renda agrícola deve ter queda de 8,4% em 2009

O Ministério da Agricultura afirmou nesta segunda-feira, que a estimativa é de que a renda agrícola recuará para R$ 149,6 bilhões em 2009, uma queda de 8,4% em relação aos R$ 163,4 bilhões obtidos em 2008. Esse resultado deve-se à menor produção de grãos, devido principalmente aos problemas climáticos na região Sul e em outros Estados, e aos preços mais baixos.

 

Governo assume crise no país, pede cuidado, mas mantém confiança

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse hoje (9), durante o IV Encontro de Lideranças do Sistema Confea/Crea, em Brasília, que a atual crise financeira é "grave" e de "grande profundidade e complexidade". "A crise é séria, nos afeta, e temos que tomar muito cuidado com ela e termos ações muito firmes (…) é uma crise importada, externa", destacou. Apesar da preocupação, Meirelles avaliou que o Brasil é um dos países mais bem preparados para enfrentá-la. "Isso não nos isenta de sentir as consequências da crise, mas o Brasil está melhor preparado do que outros países", disse Meirelles, acrescentando que as empresas não devem se pautar por "movimentos de curto prazo" e evitar "atitudes excessivamente agressivas", que podem acabar "exacerbando" os efeitos da crise na economia brasileira.

 

Intervenções do BC no câmbio já somam US$ 61 bilhões

Preocupado com a variação inconstante da moeda norte americana durante o período agudo da crise financeira internacional, Banco Central (BC) informou que as intervenções da autoridade monetária para "irrigar" o mercado de câmbio já somaram US$ 61 bilhões. Segundo o presidente da autoridade monetária, Henrique Meirelles, o BC tem atuado por meio de quatro instrumentos para tentar conter a alta do dólar: vendas diretas das reservas no mercado à vista; leilões de linha (empréstimos com compromisso de recompra, sem destinação específica); vendas de contratos de "swap cambial" (que funcionam como uma venda de divisas no mercado futuro, o que contribui para uma pressão menor sobre o dólar negociado à vista) ou não rolagem de "swaps reversos"; além dos empréstimos para o financiamento às exportações.

 

STF já tem argumentos para extradição de Battisti

Com pressa para resolver mais uma questão diplomática e polêmica, os Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) já reuniram argumentos suficientes para garantir a extradição do italiano Cesare Battisti, condenado na Itália à prisão perpétua por quatro homicídios cometidos nos anos 70. E enquanto contam com pelo menos cinco votos a favor da extradição, o governo só tem segurança de que três ministros – Eros Grau, Ellen Gracie e Joaquim Barbosa – votarão contra a entrega de Battisti ao governo italiano. Para autorizar a extradição, os ministros deverão inicialmente julgar ilegal o ato assinado pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, que concedeu refúgio a Battisti. Os ministros deverão, para isso, considerar que os crimes cometidos pelo italiano não foram políticos, que a decisão da Justiça italiana foi democrática e ele não correria riscos de ser perseguido politicamente ao voltar à Itália.

 

Crise entre PT e PMDB ‘azeda’ após eleição no Senado

A disputa pelo comando do Senado mexeu ainda mais com o relacionamento entre PT e PMDB, os dois maiores partidos da coalizão governista. Informado sobre os desgastes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já conversou reservadamente com líderes do PT e pediu empenho para o fim das desavenças. Lula deixou claro de que precisa do PMDB em 2010, em apoio à chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Os desgastes tiveram reflexo até no Palácio do Planalto. Como a ira do PT contra o ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro. Desde que José Sarney (PMDB-AP) venceu a eleição no Senado, na segunda-feira passada, Múcio tenta falar por telefone com o senador Tião Viana (PT-AC), candidato derrotado na disputa. Sem sucesso. Apesar de filiado ao PTB, o articulador político do Planalto é visto pelos petistas como "homem do PMDB".

 

Família Sarney é investigada pela PF suspeita de corrupção

A investigação feita pela Polícia Federal nas empresas da família Sarney mostra que o suposto esquema que envolveria integrantes do clã em lavagem de dinheiro, fraude em licitação e desvio de recursos públicos pode ter atuado no Maranhão durante a gestão de Roseana Sarney (PMDB-MA) no governo do Estado (1998- 2002). A PF quer investigar também se o grupo se valeu de contatos com pessoas indicadas pelo senador José Sarney (PMDB-AP) para cargos em estatais para obter vantagens em obras públicas.

 

Edmar Moreira entra no TSE com pedido de desfiliação do DEM

Indignado e com pressa para preservar seu mandato, o deputado federal Edmar Moreira (DEM-MG) protocolou na tarde desta segunda-feira (9), no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), um pedido de desfiliação  de seu partido. Ameaçado de expulsão pelo DEM, ele pretende se resguardar quanto à possibilidade de perder seu mandato. No documento, ele alega estar sofrendo “perseguição política, com grave discriminação pessoal” da legenda. Ele, inclusive, alega que o presidente do DEM, Rodrigo Maia (RJ), já antecipou que o partido pretende expulsá-lo. Moreira renunciou aos cargos de corregedor da Câmara e segundo vice-presidente da Casa na noite de domingo (8). Ele exercia as funções desde o último dia 2, quando foram realizadas as eleições para a Mesa Diretora da Câmara.