PAC será financiado pelo dinheiro liberado ao BNDES, diz Mantega
22 de janeiro de 2009
Após anúncio da Selic, Bovespa fecha em queda de 1,68%
22 de janeiro de 2009
Exibir tudo

Principais notícias desta quinta-feira (22/01/2009)

José Maurício Jr.


 


BC reduz juros em um ponto, maior corte em cinco anos


O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou, nesta quarta-feira (21), uma redução de um ponto percentual na taxa básica de juros da economia brasileira, de 13,25% para 12,75% ao ano. Foi o maior corte em cinco anos. A decisão não foi unânime. Três diretores do BC queriam um corte menor: de 0,75 ponto percentual.


Conselhão quer reuniões mensais do Copom


O ex-governador do Rio Grande do Sul e componente do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, Germano Rigotto (PMDB) disse, nesta quarta-feira, que Integrantes do Conselhão discutiram pedir ao Banco Central que diminua o intervalo entre as reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom). “Que haja uma antecipação da próxima reunião do Copom, para que haja a possibilidade da redução da Selic”, afirmou Rigotto. “Duvido que tenha alguém contrário a isso.


 


Lula convida Pimentel para substituir Múcio no Conselhão


O presidente Lula convidou, nesta qurta-feira, o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel (PT) para assumir o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, que terá a estrutura reforçada para combater os efeitos da crise financeira. O cargo, atualmente ocupado pelo ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, poderá estar vago já que, a partir de fevereiro, o ministro cuidará somente da articulação política. Segundo Lula, nenhuma mudança será feita antes das eleições no Legislativo. Já estamos com muitos problemas, disse ele, de acordo com um de seus auxiliares.Embora não vá fazer reforma ministerial, Lula pode promover pequenas alterações na equipe para acomodar aliados descontentes.


 


Mangabeira Unger critica proposta do programa Bolsa Família


O ministro de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger criticou, nesta quinta-feira (22), a forma como está sendo aplicada os programas sociais do governo para diminuir a pobreza no país. A região vive um vazio cultural e precisa ser libertada da ilusão do pobrismo. Tenta-se abordar o núcleo duro da pobreza com programas capacitadores e aí não funciona. Populações mais miseráveis são cercadas por um conjunto de inibições até de ordem cultural, que dificulta o êxito desses programas, afirmou o ministro. Mangabeira enfatizou seus conceitos em programas criados pelo governo para oferecer uma porta de saída aos beneficiários do Bolsa Família. Para ele, em vez de privilegiar os mais pobres, esses programas deveriam ser destinados aos que já estão próximo de se integrar à classe média.


 


Taxa de desemprego cai e bate recorde


O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira (22), uma pesquisa realizada nas seis principais capitais brasileiras sobre a taxa de desemprego. A taxa caiu de maneira acentuada em dezembro do ano passado para 6,8% contra 7,6% do mês anterior, marcando novo recorde de baixa, o menor nível desde 2002. O índice surpreendeu os especialistas que acreditavam que a taxa de desocupação fosse ficar em 7,2%


 


Governo anuncia mais R$ 100 bi ao BNDES


O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta quinta-feira (22) que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) terá mais R$ 100 bilhões para empréstimos ao setor produtivo. Com isso, as linhas de financiamento da instituição financeira poderão passar de R$ 91 bilhões em 2008 até R$ 166 bilhões neste ano, disse o ministro que lembrou que não há prazo formal para devolução dos recursos pelo BNDES ao Tesouro Nacional. “O Tesouro fará um aporte de recursos de 100 bilhões para o BNDES. Serão aportados sob a forma de títulos e também sob a forma de superávit financeiro do Tesouro. Há uma transferência de recursos”, finalizou Mantega.


 


STF pode deixar Executivo com menos autonomia


O Supremo Tribunal Federal deverá discutir, na volta do recesso, se o Executivo tem competência para definir o tipo de crime cometido por um estrangeiro (comum ou político) e a influência dessa decisão nos processos judiciais de extradição. Ao conceder refúgio político ao italiano Cesare Battisti, na semana passada, o ministro Tarso Genro (Justiça) considerou como “políticos” os crimes pelos quais ele cometeu. Battisti responde dois processos de extradição, um no STF e outro na Corte italiana. Mas, com a decisão do governo brasileiro, o processo contra Battisti na corte deveria ser suspenso.